sábado, 11 de maio de 2013

Um luxo de lixo

Vou tomar a coragem, e o porre de algum lugar desconhecido, pra que hoje, eu consiga falar com ela. Ela nunca iria querer falar comigo, ela nem me olha. A vejo passando pra lá, e pra cá, várias vezes em um mesmo dia, vários dias, há tempos. Acho que o que a porra que eu engoli ontem, foi forte demais, pois parecia que ela sorriu pra mim. Se ela soubesse o que tem aqui em baixo, ela também não daria a mínima. 
 Pois não é nada muito bonito não, é só uma vontade suja de passar a minha mão suja pelo corpo lindo e limpo dela. Ter aquela pele branca ao menos uma vez ao meu alcance, só pra ver o contraste das cores que ia acontecer naquele momento.
 Provavelmente depois ela chamaria a polícia, e eu iria rir pros caras e falar:
 - E daí, vai dizer que vocês não fariam o mesmo?

 Se ela soubesse que perto desses ratos sujos, tem um cara sujo, com pensamentos sujos sobre ela. Ela iria se sentir suja também, só de fazer parte da minha imaginação imunda.
Eu só queria que ela fosse uma vagabunda uma noite só. E eu fosse o cara que joga as moedas pra ela, quando ela está com as pernas abertas esperando um boêmio doentio afim de um sexo sujo com ela. Ela seria a mendiga suja, desejando o cara limpo que escova os dentes.
Ao menos uma noite. E aí sim, o mundo seria justo pra mim. Ao menos uma noite.


 Se ela soubesse que esse verme a deseja desde o cerne da carne dele, só pra vê-la babar, gemer e tremer por uma noite, ela vomitaria. 
 Se ela soubesse que quando eu a sigo, eu estou olhando a bunda dela, talvez ela não me jogasse umas moedas quando passa feliz da vida porquê deu pr'aquele playboy do carrão que passa ali na porta dela quando a namorada dele sai de casa. 



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